Chasing Dreams - Capítulo Onze - Parte 3


United Kingdom - LONDON

Bianca’s Voice

Eu estava deitada sobre a grama verde, jogando jujubas pra cima e tentando pega-las com a boca — na maioria das vezes acertava meus olhos. Ao meu redor havia vários pacotes de vários tipos de doces espalhados. Alguns vazios, outros ainda lacrados e outros pela metade. Ao meu lado havia um garoto sentado na grama, com os lábios e um dos olhos verdes inchados segurando um vidrinho de remédio enquanto sugava o liquido do mesmo com um canudo azul. Ele observava o céu escuro que cobria a cidade, cheio de estrelas e com a lua cheia iluminando a pequeno parque onde estávamos.
Bom, depois de toda aquela confusão com as fãs, meu salto quebrado e Harry me arrastar para um lugar desconhecido por mim dizendo que havia tido uma ideia o que aconteceu foi isso: Nós continuamos caminhando tranquilamente pela calçada até que...

FLASH BACK

— Onde você está me levando?
— Não vou te dizer.
— Porque não?
— Porque você vai me achar um idiota e vai querer voltar.
— Harry, o que está planejando? - parei no meio do caminho, fazendo-o parar e olhar pra mim.
— Relaxa tá legal?! Não vou te jogar num beco e abusar de você... Bom, até que não seria uma má ideia e além de tudo você iria...
— Garoto, você tem algum tipo de problema? - parei mais uma vez, fazendo o virar-se pra mim revirando os olhos e rindo.
— Porque você tem que parar mo meio do caminho sempre que está irritada ou chocada com algo? - disse me olhando sério. - Foi só uma brincadeira! 
— Você é doente...
— Cala a boca e anda Bianca, o caminho é longo. - revirei os olhos e voltei a caminhar.

Ele tinha razão, ele tinha toda a razão. O caminho realmente era longo. Tão longo que eu tive que parar mais algumas vezes para questionar pra onde estávamos indo. E foi em um desses momentos que senti vontade de matar ele quando eu o questionei onde estávamos e ele respondeu:

— E-eu não sei... - meus olhos se arregalaram.
— Como assim não sabe? Harry se for brincadeira para agora, não tem graça! -exclamei o olhando incrédula.
— Eu não estou brincando, estamos realmente...
— Perdidos. - minha voz não saiu mais alta que um sussurro.
— Que droga, eu sabia exatamente pra onde eu estava indo...
— Minha vida acabou...
— Eu sabia que tinha que ter virado para a esquerda naquela esquina...
— Acabou minha carreira...
— Algo me dizia para eu não entrar naquela rua, mas eu entrei...
— Meus amigos vão me esquecer...
— Argh! Como eu sou idiota, a culpa é toda minha.
— Vou virar uma mendiga! - choraminguei e ouvi Harry rir. — Do que está rindo? Não vejo graça nenhuma no futuro miserável que me aguarda.
— Não conheço pessoa mais dramática que você! - afirmou rindo ainda mais.
— E A CULPA É TODA SUA SEU RETARDADO! - exclamei - Harry, você disse que sabia pra onde ia a agora dá nisso! - falei batendo em seu braço enquanto ele tentava desviar.
— Hei, hei, hei! ‘Pera aí, não precisa me bater. - disse segurando mais braços - Veja pelo lado bom. Pelo menos não aconteceu nada pior!

E nesse mesmo instante, um caminhão passou por uma poça de lama que estava perto de nós e aquela roda enorme jogou toda a lama em cima de nós e depois saiu buzinando. Filho de uma...

— Harry Styles, eu poderia arrancar seu fígado e comê-lo agora mesmo. -exclamei encarando-o com o olhar mais maligno possível.
— O que?! Vai dizer que é culpa minha também?
— MAS - tapa - É - tapa - CULPA - tapa - SUA! - tapa - Se você não tivesse aberto essa sua boca eu não estaria coberta de lama agora! - exclamei e ele me olhou incrédulo.
— Quer dizer então que se eu disser que um piano vai cair na sua... - eu tapei sua boca antes que ele pudesse completar a frase e causar mais tragédias.
— Psiu! Mantenha sua boa fechada pelo bem da humanidade. - falei encarando seus olhos verdes arregalados vendo sua cabeça mexer-se lentamente indicando um sim. Tirei a mão de sua boca.
— Tudo bem, mas...
— Psiu!
— Eu só queria dizer...
— Não...
— Bianca, você não manda...
— Styles!
— Mandona!
— Idiota!

Começamos a caminhar pela calçada daquele lugar completamente deserto e desconhecido, pedindo aos céus que alguém aparecesse e nos ajudasse a sair daqui. Minha barriga revirava de fome e eu era capaz de sentir o cheiro de comida de tanta fome que eu sentia. Eu sabia que não era a única. 

Harry parecia cansado, pois andava devagar com cada mão segurando um par de sapato, em completo silêncio. Já eu andava com um de meus braços pendendo ao lado do corpo e outro braço estava um pouco mais erguido, pois eu segurava meus dois sapatos.

— Acredito que esteja com fome. - disse olhando pra mim.
— Estou. Não comi nada desde o meio-dia.
— Então vamos procurar algum restaurante por aqui. Deve ter, TEM que ter. Estou morrendo de fome.
— Impossível encontrar um restaurante a meia-noite. - falei fazendo careta. Ele suspirou pesadamente, sentando-se na calçada. Eu me sentei ao seu lado.
— É tudo culpa minha, eu sou um idiota mesmo.
— A culpa não é totalmente sua, Harry. Eu também não ajudei muito, só ficava reclamando, reclamando...

Silêncio...

— Eu fiquei sabendo de uma coisa...
— Que coisa? - ele perguntou me encarando.
— Bom, a Leca deixou escapar hoje que você queria me convidar pra sair algum tempo atrás. - falei e ele abaixou a cabeça rindo baixo.
— Eu mato aquela baixinha. - falou me fazendo rir.
— É verdade isso?
— Bom, em partes... Quer dizer... Sim, é verdade.
— E porque não convidou? - perguntei me arrependendo logo depois. Isso soou desesperado? Ele me encarou.
— Na verdade nem eu sei direito. Achei que o jogo seria uma boa oportunidade pra isso, mas aquilo não foi bem um pedido. - ele riu.
— Bendita aposta! - falei rindo junto com ele.

Ainda na calçada, Harry esticou o pescoço para ver algo que eu não conseguia e sem demora, se levantou me puxando pela mão, com um sorriso aliviado em seus lábios.

— Onde Vamos? - perguntei caminhando rapidamente ao seu lado.
— Vi que tem um mercadinho aberto logo ali! - apontou.
— Tá, mas o que pretende com isso? - perguntei confusa.
— Já que não tem nenhum restaurante por perto, vamos ás compras! -exclamou com uma voz feminina me fazendo rir.

Em resumo, saímos do mercado portanto algumas sacolas. Dentro delas só havia besteira, claro. Vários tipos de chocolate e doces, salgados empacotados de vários tipos, refrigerantes entre outras coisas calóricas. 
Gordos fazendo gordices como sempre. Minutos depois estavamos deitados no chão duro do estacionamento do supermercado enganando a fome com as besteiras que havíamos comprado. Hoje o vento estava confortável, nem frio nem quente demais. No céu quase nenhuma nuvem, as estrelas e a lua iluminavam a cidade escura...

Por um momento, senti os olhos de Harry sobre mim de uma forma intimidadora, que fez todo o meu estômago congelar e meu rosto queimar. Ele estava me observando e isso me deixava sem jeito, sem ao menos ter que encarar seus olhos. Meus olhos desviaram do céu e encontraram-se com os seus, fazendo meus lábios quase se curvarem para formar um sorriso, mas eu impedi. Os olhos de Harry rapidamente voltaram-se para o céu e levou o chocolate a boca, mordendo-o. O sorriso que eu reprimia escapou e voltei a olhar para o céu novamente.

Aquilo era estranho, completamente estranho. Eu, sorrindo como uma idiota só de encarar seus olhos. Esse garoto está me deixando confusa, não consigo mais controlar meus sentimentos e ações. A única coisa que tenho feito a noite toda foi reprimir sorrisos e olhares, isso não é legal. Definitivamente não.

Eu voltei-me para ele para chamar sua atenção, pois eu queria conversar, o silêncio já estava ficando incomodo. Quando consegui que ele virasse para mim, meus olhos se arregalaram no mesmo instante. Eu sentei-me rapidamente fazendo-o sentar também preocupado com minha atitude. Eu estava assustada, pois aquela cena era um tanto... Estranha, assustadora, desesperadora.

— Meu deus Harry...
— O que aconteceu?
— Seu rosto, está todo...
— O que aconteceu com meu rosto? - ele se levantou rapidamente e eu o segui até o vidro de um dos carros estacionados. — AI ME DEUS, MEU ROSTO! - gritou ao ver seu reflexo.

Seu rosto estava completamente inchado, seus olhos, sua boca, suas orelhas parecia que explodiriam a qualquer momento. Ele me encarou desesperado e eu não sabia o que fazer, estava tão assustada quanto ele. Ele correu para onde nós estavamos antes e pegou a embalagem do chocolate que ele consumia segundos atrás. Assim que leu a mesma, me encarou com os olhos arregalados. 

— O que foi? O que tem escrito aí? - perguntei preocupada.
— Amendoim. Nesse chocolate tem amendoim!
— Mas o que tem haver?
— Eu sou alérgico a amendoim Bê. O amendoim causa isso! - disse apontando para seu rosto. — É melhor nós procurarmos um farmácia, caso contrário isso aqui vai piorar! - exclamou. 
— Isso - apontei para seu rosto - Pode piorar? - arregalei os olhos.
— Sim e não queria esperar pra ver piorar! - disse me puxando pela mão rapidamente até a rua. 

Andamos um pouco e por sorte, encontramos uma farmácia. Sem demora entramos correndo no local - que estava bem movimentado - e fomos até as prateleiras, procurando um antialérgico. Todos presentes ali nos olhavam torto, mas eu até entendo. Imagine duas pessoas entrarem numa farmácia sujos de lama, descalços e um deles com o rosto completamente inchado. "São dois mendigos ou o que?"

— Aqui achei, Bê! - ouvi Harry gritar ao lado de uma prateleira. Corri até lá e enchi os braços do tal antialérgico e Harry fez o mesmo. Fomos rapidamente até o caixa e jogamos todos os vidrinhos em cima do balcão e a atendente nos olhou confusa.
— Vão levar tudo isso? - perguntou, mas ao ver o rosto de Harry assentiu sem dizer mais nada e começou a passar todos os vidrinhos, um de cada vez.

Assim que terminou todo o trabalho, nos entregou os remédios numa sacola média e Harry já havia ingerido dois ou três.

— Está melhorando? - perguntou ele olhando para mim.
— Um pouco. Continua tomando! - exclamei e ele assentiu virando todo o liquido em sua garganta.


FIM DO FLASH-BACK

Depois de pegar nossas coisas no estacionamento, resolvemos deitar na grama de um parque vazio ali perto e ficamos até agora. Bom, nada do que esperávamos aconteceu, tudo se resumiu em tragédias e mais tragédias, mas digamos que foi até divertido. É difícil admitir, mas ele era uma boa companhia, até mais que eu esperava. 

Harry: Acho que te devo desculpas. - disse me encarando.
Eu: Porque?
Harry: Porque estraguei tudo. Fiz você quebrar seu salto, nos perdemos e por causa disso tomamos banho de lama...
Eu: Na verdade eu gostei. - falei e ele me olhou confuso.
Harry: Como assim? - perguntou rindo e se sentando. Sua boca não estava mais inchada.
Eu: Foi divertido e diferente. Apesar de ter acontecido tudo isso eu ri bastante. É difícil admitir, mas você é uma boa companhia.
Harry: Todas dizem isso. - disse debochado me fazendo rir.
Eu: Acho bom você parar com isso, hein. Vou enfiar um amendoim na sua garganta. - falei e ele começou a gargalhar.

Vimos um senhor vir andando em direção ao parque, cantarolando uma música que provavelmente ouvia quando era mais jovem. Harry rapidamente se levantou para pedir informações para ele, para enfim podermos ir para casa.
Eu permaneci no meu lugar, observando-os conversar. Assim que Harry voltou, me levantei.

Eu: E aí, o que ele disse? - perguntei vendo Harry pegar seus sapatos da grama.
Harry: Ele disse que teremos que andar por mais ou menos vinte minutos por um atalho até chegar a rua do restaurante. De lá, eu te levo em casa de carro. Vamos?
Eu: Vamos. - peguei meus sapatos da grama e comecei a caminhar atrás dele, que parecia mais disposto e mais aliviado por seu rosto ter voltado ao normal.

Os vintes minutos passaram rapidamente porque fomos o caminho inteiro conversando sobre coisas aleatórias e rindo como sempre. Eu estava bem cansada por conta da noite de hoje e meu estomago ansiava por comida de verdade. Comer seria a primeira coisa que eu farei depois de um banho.

Saímos em uma rua larga que ficava ao lado do restaurante, que ainda não havia fechado. Assim que encontramos o tal manobrista, entramos no carro de carro agradecendo aos céus por isso. O caminho até o meu condomínio foi bem tranquilo e a conversa também. Uns 10 ou 15 minutos depois, o carro parou em frente ao meu condomínio e Harry como um bom cavalheiro, abriu a porta para que eu saísse. Ele fez questão de me acompanhar até o elevador do meu prédio.

Eu: Bom, apesar de tudo o que aconteceu hoje eu me diverti bastante. - falei e ele sorriu. 
Harry: Se quiser podemos fazer isso mais vezes, sem os imprevistos é claro. -disse me fazendo rir.
Eu: Bom, acho que posso pensar nessa possibilidade. - pisquei pra ele que riu.
Harry: Boa Noite Bê. - saudou assim que o elevador chegou.
Eu: Boa Noite Harry. - falei sorrindo antes das portas do elevador se fecharem.

O levador chegou rapidamente ao meu andar e saí do mesmo já abrindo a porta do meu apartamento. Vi Leca dormindo no sofá com a TV ligada, onde passava o filme Amizade Colorida bem na parte em que a bundinha de Justin Timberlake aparece. 

Eu não me arrisquei a acordar Leticia, pois se eu fizesse isso provavelmente eu levaria um murro, pois ela odeia ser acordada, então como ela já estava com sua coberta, não me preocupei em deixá-la ali. Apenas desliguei a TV e subi as escadas em direção ao meu quarto.

Entrei no mesmo e sem demora tirei toda a minha roupa e corri para o banheiro, desejando sentir a água quente escorrer pelo meu corpo e levar toda aquela lama embora. Depois de lavar meus cabelos e meu corpo, saí do chuveiro e coloquei um pijama qualquer, sequei meu cabelo e me deitei, sentindo todo o meu corpo relaxar.

Mas antes de pegar no sono eu sabia que tinha algo pra fazer. Eu havia prometido e não poderia esquecer de jeito nenhum. Peguei meu celular em cima de meu criado mudo e logo digitei o número da minha BFF fofoqueira e intrometida.

Enquanto eu ouvia o primeiro toque do telefone, grandes olhos verdes invadiram minha mente, fazendo-me fechar os olhos e abanar a cabeça para que esses pensamentos não me distraíssem. Mas, quando fechei os olhos continuei visualizando como os cantos da boca dele se levantam levemente sempre que eu dizia algo engraçado, ou a forma como as sobrancelhas dele se juntavam quando estava concentrado em alguma atividade. 

Segundo toque...

Eu não deveria estar sentindo isso, ele não deveria estar causando isso em mim. Por que diabos eu me sinto arrepiada quando ouço a voz dele como um sussurro? Por que tenho vontade de sorrir sempre que vejo seus olhos? Por que me sinto tão bem perto dele? 

— Hey Bê, tá aí? - a voz de Zayn do outro lado da linha me fez despertar de meus pensamentos e soltar um longo suspiro.
Eu: Sim, estou aqui! - falei.
— E como foi o encontro? - perguntou soltando uma pequena risada em seguida.
Eu: Não foi um encontro Zayn... 
— Que seja! - bufou - Conta logo como foi, quero saber de tudo!
Eu: Ah, então se prepara porque tenho muita coisa pra contar! - falei ouvindo-o rir.


HEY!
Desculpa a demora gente, eu estava meio enrolada aqui, mas eu arrumei um tempo e consegui postar. Sinto muito lhes decepcionar, mas como eu disse, não teve nada muito romântico, se não contar os olhares que davam discretamente um para o outro. Mas mesmo assim, espero que tenham gostado e quero avisar que o beijo que vocês pediram irá acontecer, mas não agora, aguardem HEHEHEHE Comentem, okay? Fiquem com Deus xoxo

8 comentários:

  1. Gostei bastante do encontro ♥
    Nossa cara o Zayn parece minha vizinha fofoqueira, querendo saber o que aconteceu kkk.
    Enfim continue okay?
    Beijos ♥

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    1. Fico feliz que tenha gostado amor e pode deixar, postarei logo xoxo

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  2. aguardando ansiosamente o beijo !!!

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    1. HAHAHA não vai demorar muito não, então fica tranquila xoxo

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  3. continuuuua pfv !

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  4. ameeeei s2 continua !

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    1. Que bom babe, continuarei sim, pode deixar xoxo

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